Nani fez dois terços dos remates da equipa
O jovem médio foi o autor de oito dos 12 tiros do Sporting no Bessa, o que não deixa de ser significativo: disparou, porventura, demais, enquanto a equipa o fez pouco
O encontro disputado no Estádio do Bessa pode ser alvo de diversas análises, mas uma delas ressalta à vista de qualquer observador: a manobra ofensiva do Sporting viu-se reduzida, no fundo, a duas soluções – Nani e Liedson. O ponta-de-lança brasileiro atirou duas vezes à baliza de William, registando um golo e uma excelente oportunidade, enquanto o jovem português visou o alvo por oito vezes, a maioria das quais (seis) de fora da área. Mais significativo ainda é o facto de Nani ter sido o único leão a insistir no remate durante toda a primeira parte, excepção feita a uma fugaz tentativa de Polga, à beira do intervalo.
Se a tendência rematadora do camisola 18 é de louvar, não deixa de ser estranho que protagonize dois terços das tentativas de toda a equipa (12). Ou seja, talvez o médio deva dosear a sua ambição, ponderando a hipótese de servir mais e melhor os seus colegas, mas, sobretudo, o colectivo terá de ser capaz de produzir outras formas de chegar à baliza adversária.
No domingo, só à passagem do minuto 21 o Sporting foi capaz de ameaçar William – tiro do omnipresente Nani, à figura de William – e foi preciso esperar pelos 31’ para assistir a uma verdadeira oportunidade de golo – o mesmo Nani obrigou o guardião axadrezado a uma intervenção soberba. Insistindo, o jovem tentou de longe por mais três ocasiões, mas de forma precipitada e pouco precisa.
O segundo tempo trouxe maior fortuna ao ataque leonino, talvez graças ao maior equilíbrio na gestão da manobra ofensiva: Nani ficou-se pela metade dos remates do colectivo (três em seis), dois deles com perigo evidente para o adversário. Neste período surge, contudo, a presença de Liedson na zona de finalização: necessitou apenas de duas tentativas para apontar um golo de cabeça (50’) e obrigar William a evitar um segundo, desta feita após um pontapé com o pé direito. O último assalto dos leões teve origem num lance de bola parada – canto apontado por Carlos Martins –, na sequência do qual Tonel esteve muito perto de desfazer o empate – o segundo consecutivo fora de Alvalade.
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Os remates de Nani durante o jogo de ontem. Além do 18, só Liedson (dois), Tonel (um) e Polga (um) contribuíram para o total de 12.
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BOm pOr um ladO mas pOr outrO... :/